“Ser mulher é ser princesa aos 20, rainha aos 30, imperatriz aos 40 e especial a vida toda. Ser mulher é saber ser super-homem quando o sol nasce e virar cinderela quando a noite chega. Ser mulher é acima de tudo um estado de espírito, é ter dentro de si um tesouro escondido e ainda assim dividi-lo com o mundo.”

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Perda de um animal - Capitu (nenenzinha)

O sentimento de perda é uma coisa que foge da nossa realidade, dos nossos entendimentos, mas faz parte da vida.

Semana passada perdi a Capitu...
Uma poodle que chegou em minha casa como um presente no meu aniversário de 10 anos.
A Capitu viveu 14 anos comigo, todo esse tempo eu me dediquei à ela todos os dias para dar comida, limpar as sujeiras, colocar pra dormir, etc etc... Em troca eu ganhava a companhia, a festa sempre que eu chegada em casa, as voltinhas de carro que eu a levava para que ficasse com a cara ao vento na janela, a felicidade que ela sempre me trouxe.
Esse ano ela ficou doente, fez cirurgia e a partir de então, começou um momento muito difícil. A cirurgia infestou o câncer que ela tinha nas mamas, o que causou erupções cutâneas em toda a barriga e com o tempo também para o corpo. No começo eu e minha mãe tinhamos que levar ela todo dia ao veterinário para tomar injeção de antibiotico. Sem resultado, trocamos o veterinário, ela foi para uma veterinária especialista em câncer. Foram feitos exames e receitados os melhores remédios disponíveis no mercado (e caros também) além dos curativos que tinhamos que fazer diariamente na esperança que aquelas feridas pudessem cicatrizar.
Mais o tempo passou, e nenhum dos remédios resolveu todo o problema, talvez tenha amenizado a dor que ela sentia. O tempo também desgastou a mim e a minha mãe... além do tempo que tínhamos que disponibilizar para que pudessemos cuida-lá, as feridas de câncer eliminam uma secreção com um cheiro péssimo. Toda vez que eu começava a limpar e a fazer o curativo, meu estomâgo embrulhava, me dava vontade de chorar.
Só o amor que me deu tanta força para que eu pudesse cuidar da minha Capitu (nenenzinha) ...
Chegou quando ela comia e vomitava, não controlava mais o xixi... foi realizado um novo exame com o resultado de metâstase. Para quem não conhece a metâstase é a fase quando as células de câncer já se espalharam para outras partes do corpo.
Foi sugerido pela veterinária, continuar cuidando das feridas que iriam aumentar cada vez mais até chegar a desidratação por conta das secreções ou o sacrifício da minha nenenzinha.
Recebi essa notícia em uma sexta-feira... chorei...chorei... no domingo eu estava mais calma, quando nem imaginava que no outro dia não iria ver mais a minha nenenzinha.
Vim trabalhar na segunda e quando cheguei em casa, não a encontrei mais... chorei, chorei,chorei... procurei sair para me distrair com outras coisas já que não tínhamos mais o que fazer.
Agradeci a Deus por ter dado força para a minha mãe que a levou até o procedimento e ficou lá até o fim. Depois pedi perdão por não ter tido mais condições de ver o sofrimento da minha nenenzinha e pedi pra que Deus a levasse pertinho dele, com uma caminha bem confortável e laços e coleira cor de rosa.
Depois que passei por esta experiência, tentei entender qual é o sentido da vida. Nascemos e morremos como se tudo fosse tão simples. Ainda mais quando se trata de um animal, todo mundo acha mais simples ainda.
A vida passa tão rápido, nos preocupamos tanto com os nosso problemas, em estudar, ter um bom trabalho, em encontrar um amor, enfim... Cheguei a conclusão de que a vida deve ser apreciada, segundo por segundo... Sem muito stress e muitas preocupações... A plenitude talvez seja adquirida depois que possamos entender que a vida é assim.

Nascemos para trazer luz, desatar nós, ensinar o que sabemos, e aprender o que deve ser aprendido. Depois que tudo isso acaba, se inicia um novo ciclo, em outra vida, talvez em outro lugar, de outra forma... onde Deus achar que precisa de uma alma como a sua, você nasce novamente.

Espero que a alma da minha nenenzinha volte como uma linda borboleta para que ela tenha toda a liberdade e para que todos a achem linda... ou que ela volte como uma menina meiga e doce como ela sempre foi, em uma família que precise de carinho e amor.

Enfim... ela não era a minha filha, mais foi como se fosse.

Nenhum comentário:

Postar um comentário